Outro dia num grupo de profissionais da área de Saúde Mental, surgiu um assunto que me chamou a atenção: Insatisfação. Percebo no meu cotidiano clínico um fluxo de pessoas cuja queixa é a insatisfação. Reparo que existe uma procura quase insana e constante para estar satisfeito no dia a dia, mas as pessoas tem a sensação que algo sempre falta. Não se define o que falta, ou não está claro a sensação do “vazio”, mas algo incomoda.
Esse assunto é polêmico e tem muitas variáveis. Mas algo me chama a atenção imediata, é o excesso de consumismo e o excesso de valor ao dinheiro, ou seja só vale aquele que tem o dinheiro. É claro que esses conceitos são impostos por uma propaganda desenfreada para consumir, e o consumo só se faz com dinheiro, e então quem pode consumir é aquele que tem dinheiro.
Mas e a relação entre pessoas?
A amizade que se troca sem interesse, a troca afetiva?
Nada substitui o relacionamento afetivo entre pessoas, afeto de amizade e respeito. É claro que esse afeto não tem como consumir por que ele não é concreto, mas esse afeto faz termos emoções nobres, satisfatórias e principalmente faz nos sentir bem e completo. Em resumo é necessário se relacionar de maneira franca, aberta, verdadeira e também receber o mesmo, e essa troca que nos torna satisfeitos.
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